Nome Traduzido: Batman:
A Piada Mortal
Nome Original: Batman: The Killing Joke
Editora: DC Comics
Ano de Lançamento: 1988
Tipo de Série: Edição Especial
Total de Edições: 1

Em Batman: o cavaleiro das trevas, Frank Miller mostrou todo o paradoxo existente entre o Homem Morcego e o Homem de Aço. Batman representa as trevas; Super-Homem, a luz. Ambos, no entanto, são homens cujas vidas, devido a diferentes motivos, se resume ao combate ao crime. No caso do Super-Homem, isso é quase como uma pré-destinação. Alienígena, dotado de imensos poderes e criado com carinho e dedicação ímpares por Martha e Jonathan Kent, o caminho do herói seria algo a surgir quase que inevitavelmente na vida de Clark Kent. Já a "vocação" do jovem Bruce Wayne aflorou quando ele presenciou o assassinato de seus pais. Bastou um dia ruim para que a vida de Wayne mudasse para sempre.
Um dia ruim. Para o Coringa, isso é tudo o que é necessário para transformar a vida de uma pessoa. Não só isso, mas basta um dia desses para que uma pessoa completamente sã perca toda a sua sanidade e adentre os caminhos sem volta da loucura. Basta uma tragédia para que uma pessoa prefira o conforto da loucura ao tormento das lembranças daquele dia.
E é disso, essencialmente, que se trata a aclamada Batman: a piada mortal, escrita por Alan Moore e ilustrada por Brian Bolland (que criou talvez a mais icônica imagem do Coringa), com cores de John Higgins. Até então, o Coringa era um homem sem passado. Nada se sabia da vida do Palhaço do Crime antes dele aparecer em Gotham City cometendo suas atrocidades e atormentando a vida de Batman. A obra de Alan Moore trata não só de criar uma origem, e conseqüentemente, uma dimensionalidade maior ao personagem, como de aproximá-lo do leitor. A partir daquele momento, o Coringa deixa de ser o vilão maniqueísta que até então fora, para se tornar um personagem mais humanizado, de forma que quase dá pra entender o porquê dele ser quem é e fazer o que faz. Mas estou me adiantando.